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HQtrônica A equipe do PH

4ª Edição - A religiosidade do homem pós-humano

Ilustrações e Projeto Gráfico da HQtrônica A equipe do PH.

 

A equipe do PH é uma HQtrônica (história em quadrinhos eletrônica) criada em 2009, que mistura história em quadrinhos com recursos de multimídia. Ela retrata temas do cotidiano da nossa sociedade, apoiada no conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman.

 

As histórias se passam na Agência de Comunicação PMP, onde trabalham oito personagens principais: Paulo Humberto, Paloma Bittencourt, Mônica Bentes, Bruno Carvalho, Renata Caldas, Daniel Santos, Sérgio Gonçalves e Juracilma Batista, com diferentes personalidades, histórias de vida e formações: jornalistas, publicitários, relações públicas, designers, administradores, fotógrafos, entre outras. Esses profissionais são coordenados por “PH” (Paulo Humberto), o coordenador da empresa. Todas as situações e narrativas tratam do homem pós‐humano, em suas relações familiares, emocionais, de trabalho, infância, entre outras. 

Tratar da religiosidade do homem pós-humano é o objetivo da 4ª edição da HQtrônica “A equipe do PH”A religiosidade do homem pós-humano, inspirada pelo artigo "A instituição religiosa na (pós)modernidade", de Cláudia Sales de Alcântara. Nessa edição, que conta com 13 páginas, a personagem Rê visita o centro Hare Krishna frequentado pela personagem Paloma. As duas conversam sobre o fato do homem pós-moderno não ter mais a necessidade de estar ligado a uma religião, que o mesmo procura desenvolver sua religiosidade de diversas maneiras, sem estar “preso” a um deus ou a ritos e crenças ligadas a uma religião ou instituição religiosa. Antes a religião pautava a vida do homem, hoje o home permite-se experimentar múltiplas experiências religiosas para construir sua própria religiosidade. A 4ª edição traz uma novidade: o uso de trilha e efeitos sonoros para ajudar na ambientação da narrativa, além do uso da hipertextualidade, colaboratividade, Orkut, Twitter e YouTube.

 

Idealizadores: Raphael Santos Freire e Andreza Jackson de Vasconcelos

Este trabalho foi vencedor regional e nacional (2010) da XVII Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (EXPOCOM) - Categoria Produção Editorial e Produção Transdisciplinar em Comunicação - Modalidade Quadrinhos (avulso) da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM Norte e Nacional).

 

Os idealizadores da HQtrônica também foram entrevistados no programa 7 Set Independent da TV Cultura do Pará (19 de dezembro de 2010).

Ai, entro ou não entro?
Esse aqui deve ser o local que a Paloma falou.
Que bom que você veio. Entre, fique à vontade. 
Seja bem-vinda!
Ah, você me falou tão bem desse lugar e do que acontece aqui que resolvi vir conhecer.
Vamos sentar e conversar um pouco enquanto a celebração não começa.
Pois é Rê, como lhe disse na agência, 
o sentimento religioso ainda se faz presente nessa nova era chamada líquida, entretanto, muitos dizem
que ele perdeu o sentido de
orientador da sociedade.
A experiência religiosa ou a religiosidade é desenvolvida através de uma busca pessoal.
Não necessariamente. A religiosidade pode se manifestar por meio de uma crença, de fé e de ritos, e também, em outras atitudes ligadas ou não a uma religião ou instituição religiosa.
Tudo isso que você me disse deve estar ligado a uma religião, certo?
Vou explicar pra você entender melhor. A religião é uma manifestação coletiva que gera sólidos sentimentos de identidade entre seus membros, resultando em uma unidade, como o islamismo, o cristianismo, o protestantismo, etc.
George Harrison
Hare Krishna
Maha (Mantra)
Sabe Paloma, agora há pouco na celebração,eu vi a fé no rosto das pessoas, nas danças, nos cantos. Mas percebo que o homem pós-humano tem pouca fé e se prende cada vez menos às religiões. Eu sou um exemplo.
Trouxe um doce vegetariano. Você está certa. A humanidade passou por um grande processo de dessacralização e secularização. Antes a religião pautava a vida do homem.
É verdade! Hoje me sinto mais livre para buscar, de forma autônoma meu próprio universo de significações em um mundo fragmentado. Me permito conhecer determinada crença ou religião, permaneço o tempo que  achar conveniente e assim vou construindo minha própria religiosidade nessa era líquida.
Hoje, na dita modernidade líquida, as instituições religiosas perderam o poder de "comando" da sociedade. Já não possuem a hegemonia da cultura, do Estado e das instâncias reguladoras do cotidiano
Exatamente, Rê. Hoje várias instituições religiosas convivem entre si, não mais influenciando o todo, mas influenciando mesmo que um pouco na vida do homem pós-humano. Sim, e agora as múltiplas experiências religiosas ganham novos sabores e resultados.
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