top of page

HQtrônica A equipe do PH

5ª Edição - Sexualidade(s)

Ilustrações e Projeto Gráfico da HQtrônica A equipe do PH.

 

A equipe do PH é uma HQtrônica (história em quadrinhos eletrônica) criada em 2009, que mistura história em quadrinhos com recursos de multimídia. Ela retrata temas do cotidiano da nossa sociedade, apoiada no conceito de modernidade líquida de Zygmunt Bauman.

 

As histórias se passam na Agência de Comunicação PMP, onde trabalham oito personagens principais: Paulo Humberto, Paloma Bittencourt, Mônica Bentes, Bruno Carvalho, Renata Caldas, Daniel Santos, Sérgio Gonçalves e Juracilma Batista, com diferentes personalidades, histórias de vida e formações: jornalistas, publicitários, relações públicas, designers, administradores, fotógrafos, entre outras. Esses profissionais são coordenados por “PH” (Paulo Humberto), o coordenador da empresa. Todas as situações e narrativas tratam do homem pós‐humano, em suas relações familiares, emocionais, de trabalho, infância, entre outras. 

A 5ª e última edição da HQtrônica “A equipe do PH”Sexualidade(s), trabalha a questão de expressão da sexualidade na modernidade líquida pelo viés da homossexualidade, abordando também a temática do preconceito. Essa edição foi baseada no artigo "Sexualidade e pós-modernidade", de Julio Moreno e é desenvolvida em 21 páginas. A narrativa traz Renata e PH como os personagens principais para discutir a vivencia da sexualidade do homem pós-humano. A suposta homossexualidade de PH é discutida pelos funcionários da agência após Renata tê-lo visto com um homem em um bar. Durante a narrativa é exposto que atualmente existem outros modos, outras possibilidades de expressão da sexualidade que não exclusivamente a heterossexual e que o homem está aberto a experimentar essas outras possibilidades por não se forçar a cumprir com padrões sociais e sexuais, estando sempre em constante permeabilidade. Além dos recursos de hipertextualidade, trilha e efeitos sonoros, colaboratividade, publicidade, utilização do Orkut, Twitter e YouTube, esta edição contam, também, com o recurso da multilinearidade onde o leitor pode escolher, entre três opções, o desfecho da narrativa.

 

Idealizadores: Raphael Santos Freire e Andreza Jackson de Vasconcelos

Este trabalho foi vencedor regional e nacional (2010) da XVII Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (EXPOCOM) - Categoria Produção Editorial e Produção Transdisciplinar em Comunicação - Modalidade Quadrinhos (avulso) da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM Norte e Nacional).

 

Os idealizadores da HQtrônica também foram entrevistados no programa 7 Set Independent da TV Cultura do Pará (19 de dezembro de 2010).

Alô? Oi,Leo.
Tudo bom?
Claro, com certeza.
Estarei aí em 20 minutos. Abraço!
Oba. Tô indo!
Pronta pra balada, Renata?
Mô gata, hein!
Ei, Marcão, para no primeiro bar para nós bebermos alguma coisa.
Pode ser este aqui, Renata? Mas cuidado pra nenhuma mulher se apaixonar por você!
Hahahaha.
Rsrsrsrs.
Vamos embora.
Nossa, Renata,
o que foi?
Renata? Renata?
Hã? Não foi nada, vamos pra balada, ok?
Gente, vocês nem sabem o que eu vi neste final de semana. O PH com outro homem num bar gay. Acreditam?
É o fim dos tempos.
O seu PH? Mas ele é tão bom, tão bonito!
Ai, gente, qual o problema?
Ah, eu já desconfiava disso, viu?
Renata, você está sendo preconceituosa. O PH está vivendo a vida dele.
Hoje, nós, homens e mulheres, não nos encaixamos em fôrmas. Expressamos nossa sexualidade e a vivenciamos de qualquer forma e sem culpa.
Qual o problema, Rê?
O problema é que ele é nosso chefe. Deveria ter ética e se dar ao respeito.
Mas, gente, o PH parece homem. Como ele pode ser gay?
Eu acho que você viu "coisa", Renata. Alguma parte da história não está batendo. O PH não se relacionaria com outro homem.
Eu não acredito no que tô ouvindo. Um gay não precisa se vestir de mulher para ser gay, Daniel.
Pessoal, se isso for mesmo verdade, o PH não vai deixar de ser quem sempre foi.
De jeito nenhum, não vou sossegar enquanto não descobrir a verdade.
Galera, estamos especulando demais. Ninguém sabe realmente  se o PH é
gay, melhor esquecermos esse assunto.
Porque, Paloma, eu simplesmente acredito e aceito que existem outros modos, outras possibilidades de expressão da sexualidade, em que qualquer um pode ser normal, seja heterossexual, gay, travesti,
bissexual, drag queen, etc.
PH, preciso que você assine o contrato como cliente Johnson & Johnson.
Pode entrar.
PH, posso te fazer uma pergunta?
Sim, claro.
Ah, por nada, PH, só queria saber sua opinião.
Sabe, Renata, hoje o diferente não é bem aceito, é mal visto, julgado. Alguns fingem que ele não existe, outros preferem tentar fazer com que eles deixem de existir.
Se você descobrisse que uma pessoa que você conhece é gay, o que você faria?
Por que você tá me fazendo essa pergunta, Renata?
É que na verdade, acho que uma pessoa que conheço é homossexual, sabe!
É verdade, PH, mas realmente ainda é complicado pensar que dois homens ou duas mulheres se relacionam amorosamente. Que se beijam, fazem sexo, como se fossem pessoas normais.
Parece que se perderam os princípios e valores que regem a sociedade.
Pensa comigo, Renata. Homossexuais não parecem que são normais. Eles são normais como qualquer outra pessoa que você conhece. Trabalham, se divertem, têm sentimentos...
Nossa, PH, você realmente defende os gays, né?
Sim, Renata, defendo-os com muito prazer, por quê?
Final 1
Final 2
Final 3
O avanço da tecnologia tem afetado o modo de estruturar a educação escolar, principalmente, com reflexos nas salas de aula. O desencadeamento de mudanças significativas no processo de ensino-aprendizagem nos leva ao seguinte questionamento: Qual seria o papel das novas tecnologias na educação? Confira na 6ª edição de "A equipe do PH".
bottom of page